Linfoma em gatos: veterinária explica tudo sobre a doença


O linfoma em gatos é o tipo de câncer mais comum em felinos. A doença pode atingir várias partes do corpo dos pets, como o trato gastrointestinal, a cavidade torácica, o fígado, o baço e a medula óssea. 

Em gatos, o linfoma pode estar ligado a outras doenças, como leucemia felina e vírus da imunodeficiência felina (FIV). 

Como o diagnóstico precoce é essencial para aumentar as chances de cura desta doença, é essencial saber tudo sobre o linfoma em felinos. Para nos ajudar, a veterinária Lysandra Barbieri vai explicar os seguintes tópicos:

  1. O que é linfoma em felinos?
  2. O que causa linfoma em gatos?
  3. Sintomas de linfoma em gatos
  4. Diagnóstico
  5. Tem cura? Quais são os tratamentos mais comuns para casos de linfoma?
  6. Tipos de linfomas em felinos
  7. Prevenção de linfoma em Gatos
  8. Linfoma em gatos: perguntas frequentes

O que é linfoma em felinos?

Linfoma é uma neoplasia maligna, originária de células linfóides de órgãos como linfonodos, fígado e intestino. É um câncer que tem origem no sistema linfático dos gatos, mas podem se espalhar no organismo, atingindo qualquer órgão ou tecido.

Cada câncer pode ter um grau baixo, intermediário e alto, dependendo da divisão celular, sua localização e tamanho dos linfócitos.

Resumidamente, o linfoma de células pequenas e intermediárias têm crescimento mais lento, comparado com o linfoma de células grandes em gatos.

O que causa linfoma em gatos?

De acordo com a veterinária Lysandra Barbieri: “Historicamente, o linfoma tem sido associado a fatores genéticos, presença do FeLV e FIV, imunidade reduzida, exposição ao fumo e tabaco, e estado em que o animal apresenta inflamação permanente”, explicou.

Além disso, vale ressaltar que o linfoma é comum entre felinos, principalmente em animais idosos, geralmente de 10 a 12 anos de idade. Muito pelo aumento da expectativa de vida e o consequente envelhecimento natural do organismo. 

Sintomas de linfoma em gatos

As manifestações clínicas de linfoma em gatos variam conforme qual sistema é afetado e o nível de gravidade do quadro. 

Por exemplo, a forma mais comum é o linfoma intestinal. Assim, os gatos podem apresentar: vômito, perda de peso, diarreia, letargia, mudanças no apetite e uma massa ou crescimento firme no abdômen. 

Já gatos com linfoma mediastinal podem ter dificuldade para respirar, devido à presença de uma massa no peito.

Em outro cenário, um gato com linfoma multicêntrico geralmente tem inchaços firmes e duros sob o queixo, no ombro e atrás do joelho.

Diagnóstico

Com a suspeita de linfoma, o veterinário fará exames de sangue, urinálise, raios-X, hemograma e testes de FIV e FeLV para procurar sinais da doença. 

Por exemplo, detalhando os procedimentos de diagnóstico, os exames de sangue são recomendados para verificar os níveis de cobalamina (vitamina B12). Caso o animal apresente um nível baixo pode indicar linfoma intestinal. 

Nesse caso, o ultrassom abdominal também é frequentemente realizado para procurar por espessamento generalizado dos intestinos.

Tem cura? Quais são os tratamentos mais comuns para casos de linfoma?

O linfoma em gatos tem cura e tratamentos. Em casos de condições de baixo grau, a doença precisa ser tratada com medicamentos, como prednisona (esteroide) ou clorambucil (agente quimioterápico oral), para atuar no controle do câncer e na adição de mais qualidade de vida ao pet.

Como o sistema linfático ocorre por todo o corpo dos gatos, a veterinária explica: “Há tratamentos variados que atuam de acordo com a gravidade de cada caso. Mas, de modo geral, a quimioterapia é a mais utilizada. O prognóstico depende de como o animal vai reagir ao procedimento”.

Em situações complexas, pode ser necessário realizar uma cirurgia para remover as células cancerígenas. É mais comum ser realizada para extirpar um tumor nasal e, raramente, uma massa abdominal solitária. 

Também pode ser aplicado cuidados paliativos, para tentar oferecer o máximo de conforto aos animais em que a doença não seja mais controlável.

Tipos de linfoma em felinos

O linfoma pode ocorrer em várias áreas do corpo de um gato. Antes das vacinas e testes contra o vírus da leucemia felina (FeLV) e o vírus da imunodeficiência felina (FIV), a tendência era que a doença ocorresse no peito, baço, medula óssea, timo e linfonodos.

Atualmente, por conta desses cuidados, o linfoma intestinal é o mais comum em gatos. Além disso, a Lysandra Barbieri destacou outras formas da doença em gatos:

Linfoma alimentar

O linfoma alimentar em gatos (LA) afeta o trato gastrointestinal, normalmente o intestino delgado e os linfonodos regionais. Pode também acometer baço, fígado, boca, esôfago e pâncreas também.

Linfoma extranodal

O linfoma extranodal pode acometer rins, cavidade nasal, olhos, sistema nervoso central e pele dos gatos. A doença é mais comum em felinos da raça Siamês – de meia idade a idosos – apresentando desde problemas renais até manifestações que afetam o sistema neurológico.

Linfoma mediastinal

O linfoma mediastínico ocorre quando os gatos desenvolvem massas no peito, nos gânglios linfáticos (mediastínicos e esternais) ou na glândula timo. A condição geralmente acomete gatos FeLV positivos e siameses. 

Linfoma Renal

Esse tipo de câncer de linfoma se desenvolve nos rins e se parece muito com doença renal, com sintomas que se assemelham, como diminuição do apetite, vômitos e perda de peso.

Em casos graves, a enfermidade se espalha para o sistema nervoso (medula espinhal e o cérebro) e pode ser bastante agressivo.

Prevenção de Linfoma em Gatos

Embora não haja como prevenir o linfoma em gatos, é possível reduzir o risco do seu gato desenvolver esse câncer.

Por exemplo, a leucemia felina está ligada ao desenvolvimento de várias formas de linfoma. Então, seguir o cronograma de vacinação corretamente é a forma mais segura e indicada de combater esse vírus.

Outra dica é em casa de tutores que fumam. É preciso evitar dentro de casa, a exposição ao fumo passivo, aumenta em até duas vezes a chance do seu gato desenvolver câncer.

Linfoma em gatos: perguntas frequentes

A veterinária Lysandra Barbieri respondeu algumas das dúvidas comuns dos tutores, sobre linfoma em felinos.

Quanto tempo vivem os gatos com linfoma?

“Em média, podem viver de alguns meses a vários anos. Porém, essa é uma questão que depende do tipo de linfoma, o quão agressivo é e se estão respondendo ao tratamento. Além disso, infecções subjacentes com leucemia ou o vírus FIV são fatores que influenciam na expectativa de vida do animal”, respondeu.

Um gato com linfoma sente dor?

“O linfoma não causa uma dor aguda em gatos. Porém, o animal pode apresentar cansaço e indisposição, perda de peso, distúrbios gastrointestinais e alterações no apetite”. 

Os gatos adquirem o vírus FIV e FeLV por meio do contato com secreções de felinos já infectados?

“Sim, gatos podem contrair FIV e FeLV através de contato com urina, fezes, sangue, saliva, leite, em brigas, no acasalamento e até durante o parto”. 

O conteúdo te ajudou? Se ficou com alguma dúvida, deixe nos comentários. Até a próxima!



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