Câmara debate morte de animais em petshop inundado em Porto Alegre


A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara promove, nesta terça-feira (11), uma audiência pública sobre a morte de aves, roedores e peixes em duas lojas da Cobasi, em Porto Alegre. A empresa, especializada em produtos e serviços para animais domésticos, também comercializa “pets”.

O debate é realizado a pedido dos deputados Marcelo Queiroz (PP-RJ) e Delegado Matheus Laiola (União-PR).

Pedido de indenização

Em maio, a Defensoria Pública do Rio Grande do Sul entrou com uma ação judicial contra a Cobasi, pedindo uma indenização de R$ 50 milhões pela morte dos animais que estavam à venda e não foram socorridos durante as enchentes. No total, pelo menos 42 animais morreram – 38 em uma unidade da empresa e quatro, na outra.

Além dos R$ 50 milhões, que representam menos de 2% do faturamento da marca (R$ 3 bilhões por ano), a Defensoria Pública pede que a loja seja proibida de comercializar animais. Requer ainda a proibição do uso de gaiolas de difícil retirada e da comercialização de animais em locais com risco de inundação.

Relembre o caso

No dia 3 de maio, a água invadiu duas lojas da Cobasi em Porto Alegre. Em uma delas, todos os animais que foram abandonados, morreram. Ativistas entraram na outra loja e retiraram os que ainda estavam vivos.

Sacos com areia e cimento colocados para conter as enchentes / Miguel Noronha/Enquadrar/Estadão Conteúdo

Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), foram identificados restos de animais, muitos deles presos em gaiolas, em grau avançado de decomposição. As mortes tiveram como causa afogamento em águas contaminadas, vindas do transbordamentos dos esgotos da cidade.

Defesa

A defesa da Cobasi afirmou que os funcionários pretendiam voltar para retirar os animais, mas não foi possível pela proporção dos alagamentos. Chamou a indenização de “absurda” e disse que o pedido “reflete o uso açodado e leviano do direito de petição, no caso exercido à margem da correta apuração dos fatos”.



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