Animais silvestres ficam feridos devido às queimadas; veja imagens


O Brasil enfrenta um dos mais longos períodos de seca da história, com a fumaça das queimadas cobrindo boa parte do país. Entretanto, não só a flora e a qualidade do que são afetadas.

Os animais que vivem nas regiões também são afetados pelo fogo. Nas últimas semanas, bombeiros, agentes veterinários e servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) têm resgatado diversas espécies, como antas, onças e tamanduás.

Segundo um levantamento do Corpo de Bombeiros do Acre, entre junho e setembro deste ano, um total de 417 ocorrências como o resgate de animais foram atendidas.

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais também mostram que a região Norte registrou 23.715 focos de incêndios em setembro, considerando os dados publicados até a última sexta-feira (13), liderando o ranking nacional. O Centro-Oeste vem logo atrás, na segunda posição, com 18.015 focos.

O Sudeste tem 5.398 focos nos primeiros dias do mês e ocupa o terceiro lugar, seguido pelo nordeste, com 5.012. Já na região Sul há menos de mil focos de incêndios.

No Cerrado, uma tamanduá-bandeira foi resgatada na última segunda-feira (23), após ser encontrada com as quatro patas queimadas em uma área atingida por queimadas na Floresta Nacional de Brasília (Flona).

O animal foi resgatado e recebeu os cuidados necessários no Hospital Veterinário do Zoológico de Brasília, e está residindo no Zoo sob observação de profissionais da unidade enquanto se recupera. (Veja imagens na galeria)

No Pantanal, duas onças-pintadas, resgatadas com queimaduras devido aos incêndios que ocorrem na região, seguem sob tratamento especial no CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres) e no Hospital Veterinário Ayty, na capital Campo Grande, feito com pomadas específicas e ozônio.

Uma das onças, recebeu o nome de Miranda, em homenagem ao município onde ela foi encontrada, após ser avistada por trabalhadores de uma fazenda, que viram o animal mancando.

Já a outra, Antã, foi resgatada na região do Passo da Lontra.

Os dois se recuperam bem e, segundo a Secretaria de Comunicação do estado, apresentaram melhoria nos ferimentos das patas. O ozônio, que está sendo usado, contribui para uma regeneração mais rápida da pele.



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